terça-feira, agosto 28, 2007

Adeus não, até um dia...



28 de agosto de 2007.

Uma data que irá marcar a minha vida para sempre...

Agora começa a passar um filme na minha cabeça de muitas situações vividas entre nós... As brincadeiras, o seu cheiro de óleo, as constantes mudanças de lugares...

Quero te pedir perdão se fui omissa com você na hora que mais precisava, procurei de uma forma outra, entretanto, tenho convicção e certeza que poderia ter feito algo mais... Sempre haverá mais para fazer para com aqueles que amamos.

Sinto e vejo que já não é o momento para ficar fazendo indagações, se eu, ou nós poderíamos termos tomados outras decisões, mas somos humanos, e erramos muitas vezes...

A certeza que tenho é que SEMPRE TE AMEI e continuarei te AMANDO até os meus últimos dias.

Que Deus lhe guie e ilumine o seu caminho que começa a percorrer. Amém!

Painho...




Pai, pode ser que daqui algum tempo
Haja tempo pra gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho talvez

Pai, pode ser que daí você sinta
Qualquer coisa entre esses vinte ou trinta
Longos anos em busca de paz
Pai, pode crer, eu tô bem, eu vou indo
Tô tentando, vivendo e pedindo
Com loucura pra você renascer

Pai, eu não faço questão de ser tudo
Só não quero e não vou ficar mudo
Pra falar de amor pra você

Pai, senta aqui o jantar tá na mesa
Fale um pouco, tua voz tá tão presa
Nos ensine esse jogo da vida
Onde a vida só paga pra ver

Pai, me perdoe essa insegurança
É que eu não sou mais aquela criança
Que um dia morrendo de medo

Nos teus braços você fez segredo
Nos teus braços você foi mais eu, eu, eu

Pai, eu cresci e não houve outro jeito
Quero só recostar no seu peito
Pra pedir pra você ir lá em casa

E brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar
Pai, você foi meu herói,
meu bandido

Hoje é mais, muito mais que um amigo
Nem você nem ninguém tá sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz
Pai, paz